quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Coisa do demo!

Independente dessa nova hype do Ateísmo, sempre foi palpável o ódio que grande parte dos RPGistas nutrem por membros de igrejas evangélicas. O circo que a mídia armou alguns anos atrás, culpando o RPG por assassinatos (que na real, nada tiveram a ver com o RPG) em cidades do interior, impressionou muitos "velhinhos conservadores assustadiços" que compraram a falácia ignorante da malignidade do jogo. Fora isso, sempre há a tiaziha que olha a capa do Gurps Grimório e faz o sinal da cruz, ou folheia um livro de Vampire e conclui que isso é "obviamente material satânico".

É claro que existem pastores e fiéis que são idiotas, que tem preconceito contra o que não conhecem, mas eles são exceções de uma regra que diz que julgar os outros é errado. Isso está na bíblia. "Não julgueis, para que não sejais julgados." Mt 7:1.

Embora essa hostilidade pareça merecida, não é a regra, mas a exceção que pipoca nos compartilhamentos da rede, afinal... o que é diferente sempre fica em evidência. Eu, pessoalmente, já cansei de jogar RPG em retiros espirituais. Ou você acha que a crentada fica 24hrs do dia em pé, fazendo orações e batendo palminhas? Não há nenhum conflito entre uma coisa e outra.

A comunidade RPGista é tão grande que não somos mais os pobres nerds acuados e sozinhos, então não precisamos da aprovação de todos. Além disso a diplomacia é sempre melhor que a intimidação (ok, nem sempre) e é sempre melhor fazer amigos entre inimigos (Goku que o diga). Se nós queremos que o RPG seja rico e abundante no Brasil, repleto de novidades e espaço no mercado, precisamos atrair adeptos, não afastar. Retribuir hostilidade com simpatia e ignorância com informação é o caminho pra abrirmos corações e mentes. Aquele filho crente da amiga da sua mãe pode ser um cara criativo que vai tornar suas aventuras muito mais divertidas (e não espere que ele jogue de Paladino... a chance d'ele fazer um Algoz é bem grande! Já vi acontecer!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário